sábado, 10 de maio de 2014

AUJOURD’HUI PAS DE PHOTOS

Dia molhado, cinza e muito frio.....preguiça total.
Mas estou em Paris, se morrer aproveitei!
Sai para almoçar aqui perto num Bistrô que vale repetir, são 30 mini lugares e uma cozinha primorosa. Almocei Brochette de Magret de Cannard avec Aligot. Espetacular, um molho adocicado com mel e figos, sobre a brochette ervas picadas e a harmonização com um vinho tinto Côte du Rhone, hummm!
Para quem não sabe Aligot é uma espécie de purê de batatas acrescido de queijo Tomme. Já conhecia de nome, mas nunca tinha provado, é bem suave e a consistência meio grude e desgrude, como uma mussarela derretida só que sem gordura e bem leve de sabor, gostei bastante.
Voltando para casa me deparei com uma passeata à la francesa: vegan, contra o consumo de qualquer carne ou peixe e derivados do mesmo. Gente jovem, cada um com sua cartolina na mão (só vejo uso de cartolina em escola primária e passeata), alguns com cachorro no colo, polícia na frente, tudo muito organizado.
Fico pensando no cerco de Paris no séc. XIX (1871), quando da guerra Franco-Prussiana, que os alemães cercaram a cidade até os cidadãos morrerem de fome.
Morrer de fome, mas com estilo!
Neste período acabaram-se: cachorros, gatos, ratos , pardais e todos os bichos de Zoológico de Paris. Dizem até que se comeu gente.
Restaurantes serviam pratos muito elaborados de apresentação como: Consommé de cheval, Filet de chien aux champignon e Salmis de rats à la Robert
Do escritor Guy de Maupassant ( Deux Amis)
“Paris estava sitiada, faminta e sem alento. Os pardais rareavam nos telhados e os esgotos se despovoavam. Comia-se qualquer coisa.”

Como seria hoje, num mundo de super população?
Indo para o Concerto e  bon soirè!

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